Manaus,23 de novembro de 2024

Lula segue tradição e discursa na ONU

Reforçando o combate às mudanças climáticas e à desigualdade social, o presidente Lula (PT) discursou pela oitava vez na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (19/9).

Ao longo de seus mandatos anteriores, ele participou do evento todos os anos entre 2003 e 2009. Em 2010, foi representado pelo ministro das Relações Exteriores da época e atual assessor especial da Presidência, Celso Amorim.

Durante o pronunciamento, o presidente falou sobre como os líderes mundiais haviam sido negligentes em relação a crise climática: “Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade. Naquela época, o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática. Hoje, ela bate às nossas portas, destrói nossas casas, nossas cidades, nossos países, mata e impõe perda e sofrimento aos nossos irmãos, sobretudo aos mais pobres”, disse Lula.

O presidente também lamentou pelas vidas que foram perdidas no terremoto que atingiu o Marrocos, das tempestades que causaram danos graves na Líbia e Rio Grande do Sul, no Brasil. Lula também destacou que para vencer as desigualdades sociais no mundo, é preciso vencer a resignação e a falta vontade política daqueles que governam. “A fome, tema central da minha fala neste Parlamento mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã. O mundo está cada vez mais desigual. Os dez maiores bilionários têm mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade”, acrescentou.

Em 2023, o tema do debate geral é “Reconstruir a confiança e reacender a solidariedade global: acelerando ações para a Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável rumo à paz, prosperidade, ao progresso e à sustentabilidade para todos”. No debate geral, os chefes dos Estados-membros da ONU são convidados a discursar em uma oportunidade para apontar suas visões e preocupações diante do sistema multilateral.

Coube ao governo brasileiro fazer o primeiro discurso da Assembleia Geral das Nações Unidas, seguido do presidente dos Estados Unidos. Essa tradição vem desde os princípios da organização, no fim dos anos 1940.

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