Após o retorno de Simão Peixoto (PP) ao comando da Prefeitura de Borba, a disputa pelo poder da cidade, ganhou mais um episódio. A câmara municipal, que poupou o impeachment a Peixoto, iniciou nessa segunda-feira (18/9), um processo para cassar o vice-prefeito José Pedro Graça (PSD), o “Zé Pedro”.
Por seis votos a favor, os vereadores da Câmara Municipal de Borba instauraram uma comissão processante para analisar o pedido de cassação do mandato do vice-prefeito.
Entenda a denúncia
Entre os objetos da denúncia, que foi elaborada pela eleitora Jéssica Caroline Góes, está a dispensa de licitação realizada pelo então prefeito interino de Borba, José Graça, no valor de R$ 1.070.265,00 para aquisição de combustível junto à empresa M. R. P. DE ALMEIDA, cujo proprietário é Márcio Rodrigo Palheta de Almeida. Este é esposo da sobrinha do atual prefeito, identificada como Gleisemone Graça de Souza. A dispensa de licitação foi publicada no Diário Oficial dos Municípios no dia 6 de junho deste ano. O prazo de vigência da dispensa é de 90 dias.
Conforme os vereadores, a dispensa de licitação já é alvo de investigação no Ministério Publico Federal (MPF), que também apura sobre a paralisação do transporte escolar no período em que José Graça foi prefeito bem como a paralisação no fornecimento de merenda escolar no Município.
A abertura da comissão ocorre após o retorno do prefeito Simão Peixoto ao cargo. Ele estava afastado do cargo desde maio deste ano, quando foi preso na Operação Garrote, do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), por suspeita de desvio de R$ 29,2 milhões da prefeitura em licitações.