Na última segunda-feira, 29, o secretário de Estado de Segurança Pública do Amazonas, Carlos Alberto Mansur, foi um dos alvos da “Operação Comboio” deflagrada pela Polícia Federal e o Ministério Público do Amazonas. A ação foi desencadeada pela suspeita de prática de crimes como extorsão e corrupção cometidos por membros da alta cúpula da secretaria.
Mansur foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e foi liberado após pagamento de fiança. Já seu filho, Victor Mansur, que comandava o setor de transporte da SSP-AM, também é um dos alvos da operação e segue foragido.
Depois do escândalo Mansur foi exonerado do cargo pelo governador Wilson Lima. Não se esperava menos. Quando dados alarmantes sobre violência no Amazonas foram divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, Wilson fez cara de paisagem e manteve, mesmo sobre críticas, o secretário no cargo.
Suspeitava-se, até então, que o titular da pasta de segurança pública era inábil e incompetente. Mas, com as últimas notícias, percebe-se que parte da SSP-AM estava aparelhada para cometer crimes ao invés de combatê-los. Wilson poderia ter descartado o secretário quando lá atrás teve bons motivo, agora amarga um revés causado por suas más escolhas. Contudo, quem fica com o grande prejuízo é, como sempre, a população duplamente vitimiza, pelos criminosos comuns e pelos criminosos que usam a estrutura do estado.
