Joenia Wapichana, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) pode ser a sucessora de Rosa Weber, que preside o Supremo Tribunal Federal (STF), cujo mandato acaba em outubro de 2023.
Joenia alega que questões relevantes para a população indígena serão priorizadas apenas quando um deles se tornar ministro da corte.
A atual presidente da Funai é formada em direito pela Universidade de Roraima e possui mestrado em direito internacional pela Universidade do Arizona, o que a credenciaria para ocupar uma vaga no Supremo. Joenia, Rosa Weber e a ministra Cámen Lúcia estiveram juntas no lançamento da primeira Constituição brasileira para a língua indígena (nheengatu), em São Gabriel da Cachoeira (AM). O nome de Joenia é defendido por representantes da população indígena, como o coordenador geral do Conselho Indígena de Roraima, Edinho Batista Makuxi.
Em declaração, Joenia já afirmou que “as lideranças indígenas de Roraima falaram que seria importante para o Lula. Depois, nos Diálogos Amazônicos, os advogados indígenas da Amazônia também fizeram manifestação apoiando meu nome”, e complementou afirmando “que é importante as mulheres estarem no STF, uma mulher indígena. E disse que na minha trajetória só está faltando contribuir no STF”, finalizou a presidente da Funai.
O presidente Lula garantiu também aos ministros do STF que não indicará nomes para a vaga de Rosa Weber enquanto a ministra ainda estiver no cargo, fazendo com que um próximo nome seja definido somente em outubro.