O ex-presidente Jair Bolsonaro é conhecido por abandonar pelo caminho seus ex-aliados quando esses caem em desgraça ou deixam de ser úteis. Acostumado a usar as pessoas e descartá-las quando não mais necessárias, angariou um grupo raivosos de opositores.
O ex-ministro da educação no governo Bolsonaro, Abraham Weintraub, é um desses desafetos. Sua saída repentina do Ministério da Educação e a falta de apoio do então presidente ao seu ensaio de candidatura ao governo de São Paulo, esgarçaram o relacionamento de vez.
Em suas redes sociais Weintraub atacou Bolsonaro por causa da campanha de arrecadação de dinheiro para pagamento de multas do ex-presidente. No texto o ex-ministro declara “Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e MILIONÁRIO RECEBE ESMOLA DE POBRE, FICA AINDA MAIS RICO E TRIPUDIA DOS OTÁRIOS!”. As doações já ultrapassam 17 milhões de reais.
Nem Bolsonaro nem seus aliados (e ex-aliados) são conhecidos pela polidez, civilidade e educação. Com o endurecimento das investigações da tentativa de golpe de 8 de janeiro promovida por bolsonaristas e o avanço no caso do assassinato da vereadora Marielle e seu motorista, Anderson, a lista de abandonados pelo caminho e, consequentemente, novos detratores há de crescer.