Semana passada Manaus foi destaque negativo do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, onde foi ranqueada como a terceira capital mais violenta do país.
Na última segunda-feira (24/06), Flávio Dino, titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública, declarou que o Amazonas vive uma crise na segurança pública envolvendo disputas entre facções.
Não chegamos a essa situação da noite para o dia, a omissão dos gestores públicos nos arrastou até aqui, nesse momento onde a violência desenfreada é sintoma social de uma crise mais profunda. Uma crise sistêmica que visivelmente atinge o aparelho estatal de segurança pública, mas não somente ele.
Por parte do Governo do Estado há apenas um silêncio constrangedor. Um silêncio que evidencia o despreparo em lidar com a situação. Notas esparsas das secretarias somam-se a ações pontuais e desencontradas. No fim, resta apenas uma população refém da criminalidade.
A sociedade amazonense aguarda uma manifestação pública do governador Wilson Lima. Espera-se que ele venha a público e divulgue ações efetivas do estado para combater a violência. Wilson está no primeiro ano de um segundo mandato, portanto, a quase 5 anos no poder, e precisa mostrar trabalho apontando soluções para os problemas do povo amazonense.