Nesses tempos estranhos em que vivemos, a lógica algorítmica das redes sociais vem superando o bom senso de muita gente, mas, principalmente, dos políticos.
A deputada estadual Alessandra Campêlo (Podemos) se deixou seduzir pela cantilena, nada unânime, das redes sociais que pediam o título de cidadão amazonense a uma subcelebridade. O ex-bbb Vyni cometeu o “ato heróico” de postar fotos e vídeos do Festival de Parintins em suas redes sociais. Apenas um turista sendo turista, sem fato que justifique a concessão do título de cidadão amazonense ao mesmo.
Sabemos, contudo, que os títulos e medalhas concedidos pela Aleam há muito tempo perderam o sentido. Há uma banalização das honrarias, que outrora eram dedicadas àqueles que prestassem relevantes serviços ao Estado e à população amazonense, entre outros pré-requisitos previstos em lei.
Hoje, as indicações, salvo rara excessão, se resumem a adulação pedante de aliados político-ideológicos ou são dedicadas a quem, por motivo qualquer, possa gerar engajamento: cliques, comentários e curtidas. Assim, alimenta-se a autopromoção do parlamentar, no mesmo passo que se esvazia a importância e o valor simbólico da honraria.
É válido ressaltar que todo esse circo é custeado com o suado dinheiro dos contribuintes, que sustentam parlamentares e suas sandices e bancam as cerimônias de entrega das homenagens.