Manaus,2 de outubro de 2024

CPMI do Golpe 8 de janeiro recebe ex-subchefe de Estado Maior do CMA

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro vai ouvir, nesta terça-feira (27/06), o depoimento do ex-subchefe do Estado-Maior do Exército Brasileiro, coronel Jean Lawand Júnior. Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Laward foi diretor de Ensino e diretor de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social do Ministério da Defesa e chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia, em Manaus (AM).

O militar aparece em mensagens periciadas pela Polícia Federal, no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro. Nas conversas telefônicas reveladas, o coronel Jean Lawand Júnior pediu a Cid que convencesse o ex-mandatário a dar um golpe de Estado e ordenar uma intervenção militar no Brasil para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida em 1º de janeiro.

O General de divisão do Exército Rosty era subcomandante de Operações Terrestres à época em que as mensagens foram trocados entre Cid e Lawand, conforme divulgou o Estadão. O coronel repassou a Mauro Cid uma mensagem na qual um “amigo do Quartel-General” dizia ter conversado com Rosty sobre o apoio do Exército em uma eventual intervenção militar.

Os dois depoimentos estão previstos para serem tomados no plenário 2, da ala Nilo Coelho, no Senado Federal e os convocados não podem se recusar a comparecer.

A CPMI de 8 de Janeiro já aprovou a convocação de 40 nomes para prestar depoimentos, na condição de testemunhas. Entre eles, o ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro, Braga Netto; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e que ocupava a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal em 8 de janeiro, Anderson Torres; o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Marco Edson Gonçalves Dias, o G Dias, e o ex-diretor ajunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha. Ambos indicados no governo do presidente Lula.

O então ministro-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, pediu demissão em abril, depois de aparecer, junto com outros funcionários da pasta, em imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto, gravadas em 8 de janeiro, no momento em que vândalos destruíam o palácio presidencial.

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