Deputados aprovaram, na manhã desta terça-feira (20/06), na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), o reajuste salarial de 8% da data-base de 2022 dos trabalhadores da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc). A aprovação causou revolta em um grupo de professores e outros servidores da Seduc presentes na galeria da Assembleia Legislativa.
O reajuste foi apresentado no Projeto de Lei nº 547/2023, do governo do estado. Durante a sessão, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), Ana Cristina Rodrigues, protestou contra o resultado da votação. O governo tem maioria no Legislativo.
Apenas os parlamentares Wilker Barreto (Cidadania) e Mayra Dias (Avante) votaram contra. A emenda de Barreto propondo os 15,19% foi rejeitada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Aleam. “A minha emenda não foi aprovada sob a justificativa de que não havia um estudo de impacto econômico. Mas a proposta de 8% a CCJ aprovou com o mesmo vívio que a minha apresentou: falta de estudo sobre impacto econômico. O que é isso? não seriam dois pesos e duas medidas? isso é mérito, não é constitucionalidade”, declarou Wilker Barreto à equipe do Comun.
Reajuste inicial
A expectativa da categoria era que a contraproposta de 15,19% de reajuste salarial, apresentada no dia 31 de maio em uma mesa de negociação com parlamentares, fosse respeitada e mantida. O Sinteam havia concordado com esse percentual.
Ana Cristina disse que o sindicato fará assembleia para decidir se mantém o estado de greve. Os trabalhadores paralisaram as atividades no dia 17 de maio e encerraram o movimento no dia 31.