A maioria da bancada do Amazonas foi favorável ao projeto de lei 490/2007, que estabelece um marco temporal para a demarcação de terras indígenas no Brasil. A proposta é duramente criticada pelas representações indígenas, que afirmam que ela viola os direitos dos povos originários e abre margem para a revisão de territórios já demarcados.
A votação ocorreu no fim da tarde de terça-feira (31/05) na Câmara dos Deputados. Foram a favor do Marco Temporal, os deputados federais Adail Filho (Republicanos), Capitão Alberto Neto (PL), Fausto Júnior (UB) e Silas Câmara (Republicanos).
Foram contra a proposta Amom Mandel (Cidadania), Átila Lins (PSD) e Sidney Leite (PSD). O deputado Saullo Vianna (UB) estava ausente da sessão. O texto-base do projeto foi aprovado por 283 a 155.
A aprovação é uma vitória da bancada ruralista sobre a agenda ambiental defendida pelo governo Lula (PT). Eleito com a promessa de fazer demarcações, o petista criou o Ministério dos Povos Indígenas. As ações do governo, no entanto, não tiveram progressos no Congresso — com a falta de articulação política, os governistas não conseguiram impedir a derrota na votação.