Manaus,22 de novembro de 2024

Sem titular, Suframa é defendida por ex-dirigente no GT da reforma

Sem superintendente desde o começo do ano, sobrou para o ex-superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Thomaz Nogueira, defender a importância da indústria amazonense durante as discussões do GT da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (21/03).
Com uma apresentação que durou pouco mais de 15 minutos, com o tema “A indústria da Zona Franca de Manaus deve prosperar na Reforma Tributária”, o ex-superintendente frisou que tem uma série de preocupações com a questão tributária no que diz respeito ao Polo Industrial de Manaus (PIM).
“Nosso dever, hoje, é trazer uma preocupação sobre o modelo Zona Franca de Manaus. Foi dito anteriormente que, em uma reforma, ganham todos; mas nesse momento, nesse atual momento da situação (tributária) nacional, tem um local que perde. E perde de forma muito grave, que é o estado do Amazonas, que tem a ZFM como o seu motor”, afirmou Nogueira.
Após a fala de Thomaz Nogueira, dos três deputados federais do Amazonas presentes no GT, apenas Sidney Leite (PSD-AM) se pronunciou em reforço à defesa do modelo Zona Franca, destacando que a Amazônia “não é um santuário”, e que mais de 30 milhões de pessoas dependem do modelo industrial nos estados suframados.
Desde a primeira reunião do GT, Adail Filho (Republicanos) e Saulo Vianna (UB), ambos deputados federais de primeiro mandato, fizeram pouco uso da fala, enquanto parlamentares da Região Sudeste do país, comandam as reuniões.
Em suas considerações finais, Thomaz Nogueira ainda pontuou que o Amazonas não deve ser comparado com o restante do país por ter suas dificuldades próprias, que não têm como serem executadas como em qualquer lugar do país.
“É verdade que infraestrutura atrai investimento, mas não é verdade para o Amazonas, porque nós não conseguimos avançar em infraestrutura. Digamos que eu queira uma rodovia entre Manaus e Belém, porque assim conseguimos escoar melhor uma mercadoria. Nós não conseguiríamos, pois temos uma rodovia entre essas capitais que não consegue ser finalizada há mais de 30 anos. Então, os remédios terão que ser distintos com base na nossa diferenciação”, afirmou Nogueira, que ainda ressaltou que a manutenção da Floresta Amazônica conta com a manutenção da Zona Franca de Manaus para se manter viva.

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