O primeiro encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Joe Biden nesta sexta-feira (10/02) deve vir acompanhado de um comunicado com compromissos e desafios compartilhados entre os dois países.
A principal expectativa é que os Estados Unidos anunciem a adesão ao Fundo Amazônia, reforçando o foco na agenda ambiental de ambas nações. Para o chefe da Casa Branca, a questão climática é a “número 1”. Lula, por sua vez, tenta reinserir o Brasil nesse debate, sendo a reabertura do Fundo Amazônia uma das ações nesta direção.
O comunicado estava sendo finalizado na noite da quinta-feira (9/02) e deve ser publicado após o encontro, que ocorre às 17h30 desta sexta (horário de Brasília), no Salão Oval da Casa Branca.
A ideia da publicação de um comunicado conjunto partiu de autoridades do governo americano, de acordo com fontes em Washington. O governo brasileiro não considerava a iniciativa até a véspera da chegada de Lula e sua comitiva a Washington, na noite da quinta, conforme assessores do presidente.
Para além da pauta ambiental, o comunicado deve exacerbar ainda os principais pontos do encontro, como a defesa à democracia, com a condenação ao extremismo e à violência política, e uma pauta de desenvolvimento econômico.
Valores para o Fundo Amazônia
Apesar da expectativa do impulso americano na proteção à Amazônia, ainda não foram revelados valores. O governo de Joe Biden vem tentando fazer um aporte de recursos para apoiar a preservação das florestas no Brasil desde a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
No entanto, assim como recursos europeus ficaram parados, o dinheiro dos americanos não chegou à iniciativa, uma vez que o governo brasileiro não se comprometia com a redução do desmatamento da Amazônia.