Com o resultado dessas eleições, o Amazonas terá uma renovação de aproximadamente 41,6% na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e de 50% na bancada federal, em 2023. A maioria das figuras que compõem o rol de novos eleitos, possuem algum grau de parentesco com nomes já conhecidos na política no Estado. Na Aleam, por exemplo, dos 10 novos integrantes, 07 estão nessa condição.
É o caso do irmão de David Almeida, prefeito de Manaus, Daniel Almeida, eleito pelo Avante e terceiro mais votado no pleito. Outro caso é do irmão do prefeito de Manacapuru, Cristiano D’Ângelo (MDB), que abarcou 36.658 mil votos. O prefeito de Parintins, Bi Garcia, por sua vez, montou palanque para a esposa, Mayra Dias (Avante), que estreou com 34.563 mil votos. A família Câmara elegeu mais um integrante: o Comandante Dan Câmara (PSC) obteve mais de 21 mil votos.
No “esquema” de pai para filho, o atual deputado estadual Belarmino Lins conseguiu eleger seu filho, George Lins (União Brasil), com 44.520 mil votos. O filho do prefeito de Itacoatiara, Mário Abrahim, do mesmo partido, conseguiu uma vaga na Aleam, com 31.731 mil votos. Apesar do pai, Coronel Menezes (PL), não ter conseguido, se eleger senador, Debora Menezes (PL) abocanhou uma fatia do eleitorado bolsonarista e fará parte do time feminino da Aleam, em 2023.
Já na Câmara Federal, dois novos deputados com familiares poderosos vão para Brasília: Adail Filho (Republicanos) ex-prefeito de Coari e filho de Adail Pinheiro; e Fausto Jr (União), filho de Yara Lins, conselheira do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), da mesma família de Átila Lins. Amon Mandel (Cidadania), o deputado mais votado da história do Amazonas, é neto do desembargador Domingos Chalub, filho da juíza Elza Vitória de Mello e enteado de Mário de Mello, conselheiro do TCE-AM.