Uma visita performática com participação de diferentes linguagens artísticas marcou o fim das atividades em comemoração aos 125 anos do Teatro Amazonas, na manhã desta terça-feira (21/12), no patrimônio histórico. O Largo de São Sebastião também foi palco, na segunda-feira (20/21), para personagens que fizeram parte da história da casa de ópera de Manaus.
Ao longo do ano, o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, realizou uma série de ações para marcar o aniversário de inauguração do Teatro Amazonas, como lançamento de uma identidade visual comemorativa, exposições, a estrutura da cúpula do artista Jandr Reis, no Largo, uma série nas redes sociais sobre as pessoas que fazem parte da história da casa, entre outras.
“Além de todos esses lançamentos, também tivemos ações que ensinaram e encantaram o público sobre a história deste teatro, que é um espaço aberto a todos, e que oferece serviços de qualidade para a população”, declarou o secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz.
Ações – A intervenção artística iniciou na segunda-feira, no Largo de São Sebastião, Centro de Manaus, às 18h, com uma performance cênica. Atores interpretaram o ex-governador Eduardo Ribeiro e os artistas responsáveis pela decoração do Teatro, Crispim do Amaral e Domenico De Angelis. Na ocasião, os personagens falaram ao público sobre a necessidade de construir o Teatro Amazonas, como se estivessem no século 19. A iniciativa também contou uma banda marcial e personagens da sociedade da belle-époque.
Nesta terça-feira, o público que visitou o Teatro Amazonas vivenciou um roteiro diferenciado. Com a proposta de que as pessoas conhecessem o Teatro como um local de processos artísticos, diferentes artistas foram posicionados e performaram como se estivessem ensaiando.
Na entrada do salão de espetáculos, alunos de Teatro da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e do Grupo Experimental de Teatro do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro dialogavam entre seus personagens.
Ao subir para o primeiro pavimento, em uma das salas de exposição, o grupo presenciava o Coral Adulto do Liceu. Na varanda, logo após o Salão de Nobre, o Corpo de Dança do Amazonas (CDA) ensaiava passos e, ao final da visita, no Salão de Espetáculos, o Coral do Amazonas também praticava alguns clássicos de Natal.
A estudante de teatro da UEA, Nat Diniz, foi uma das artistas que fez parte da intervenção no Teatro Amazonas. Ela destaca que a ação também foi relevante para divulgar a formação de arte no Amazonas. “Além de comemorar os 125 anos do Teatro, também faz com que as pessoas tenham mais consciência do que temos aqui em Manaus, tanto na dança, como no teatro ou na música, e que muitos desses eventos são gratuitos, isso é mega importante”, comentou.
Público – O profissional de Educação Física Márcio Lopes, 32, elogiou a ideia de poder ver de perto os processos de diferentes grupos. “Fiz questão de vir quando fiquei sabendo que seria performático. A gente, como público, não consegue ver os bastidores dos espetáculos antes de chegar nos palcos, então achei excelente poder ver isso”, ressaltou.
Turista do estado do Rio de Janeiro, o músico Marcelo Martins, 29, destacou a presença dos corais. “Gostei de tudo, mas, principalmente, deles cantando. É muito bom dar a oportunidade para as pessoas conhecerem esses trabalhos de perto”, contou.
A diretora do Teatro Amazonas, Sigrid Cetraro, considerou que a série de ações comemorativas foi importante para marcar o público sobre a relevância de um dos principais patrimônios históricos do Amazonas.
“Foi um ano gratificante para nós. Poder proporcionar momentos felizes ao público, mesmo em um ano em que ainda estamos com cuidados devido a pandemia, foi marcante. Nesta última ação, queríamos mostrar que o Teatro pulsa, que ele está vivo, o dia a dia do local, e acho que conseguimos mostrar isso para as pessoas. Essas ações vão ficar na memória deles”, declarou.
A intervenção artística teve coordenação geral de Sigrid Cetraro, concepção e direção artística de Jorge Kennedy, textos de Mencius Figueiredo, direção teatral de Elizeu Melo, participação dos Corpos Artísticos, e de atores e artistas convidados.