As quatro mulheres que formam a Bancada Coletiva, um movimento de candidaturas feministas conjuntas que buscam alcançar o eleitorado amazonense, estão de mudança. Elas deixam o Partido Socialismo e Liberdade (PSol) para se filiar ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em busca de uma cadeira no Legislativo estadual em 2022.
A Bancada Coletiva foi uma das três candidaturas coletivas a concorrer nas eleções em Manaus e, proporcionalmente, elas foram a quinta candidatura mais votada para a Câmara de Manaus, com 7.662 mil votos.
As candidatas não foram eleitas porque o PSOL não alcançou o quociente eleitoral, que em 2020 foi de 23.878 votos. De acordo com uma das representantes da bancada, Michelle Andrews, outras três integrantes da bancada se filiram ao PCdoB: Alessandrine Silva, Patrícia Andrade e Markilze Siqueira.
“Vai haver uma frente de mulheres de esquerda ocupando as eleições em 2022. O PCdoB acolhe esse projeto com toda a carga política e ideológica que precisamos”, disse Andrews. Especulando sobre a frente ampla de esquerda que se pretende formar nacionalmente e que deverá obrigar os partidos a trabalhar juntos localmente, Andrews respondeu que os partidos devem sair sozinhos. “Nessa mobilização, não existe PSB. Apenas PCdoB e PSol”, disse.
Andrews disse ainda que a Bancada Coletiva já trabalha com status de candidatuta comunista, que também terá a missão de pedir votos para a pré-candidata Vanessa Grazziotin, ex-senadora da República.
Numa candidatura coletiva, o voto é destinada para uma única pessoa que tem o nome na urna, mas as decisões são tomadas em conjunto com as outras integrantes. A modalidade não é oficializada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as regras são feitas pelos participantes. Não há norma que impeça a fusão dos partidos nesse caso.