Em entrevista coletiva na manhã de hoje (7) o Governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), se colocou a disposição para dialogar com o movimento grevistas dos professores da Seduc, abrindo, segundo ele, um novo canal de comunicação com a categoria.
Wilson afirmou que já havia colocado o secretário de Educação, Luiz Castro, o da Fazenda, Alex Del Giglio, e o Chefe da Casa Civil, Carlo Alberto Almeida, para explicar aos professores as limitações da atual gestão e acusou os professores de não se organizarem, o que dificultaria saber o que categoria deseja. “É preciso saber o que os professores querem. Até agora não está muito claro o que eles querem” disse o governador que, aparentemente, não foi informado por seus secretários das demandas do movimento grevista.
Os professores reivindicam 15% de aumento e o Governo Estadual apresentou contraproposta de 4,74%, sendo 3,93% de reposição da inflação e 0,81% de aumento real. Contraproposta que foi rechaçada na última assembleia da categoria.
Na mesma coletiva o governador ainda demonstrou seu desconhecimento sobre a dinâmica grevista e o papel do Comando de Greve do Sinteam. “É claro que a categoria também precisa se organizar. Entender quem é que representa os professores. Porque tem Asprom, tem Sinteam, tem movimento de greve, enfim, tem vários grupos disputando espaços pra vê quem que consegue esse pleito”, disse Wilson, que desconhece que toda negociação deve ser feita exclusivamente com o Comando de Greve constituído.
O que é o Comando de Greve?
Quando uma greve é deflagrada a figura da Coordenação do Sindicato deixa de representar os trabalhadores naquele pleito específico. Todas as demandas da greve serão coordenadas por um Comando de Greve, que será composto por membros da diretoria do Sindicato e por trabalhadores eleitos em assembleia.
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