Manaus,22 de novembro de 2024

Em oposição ao governo, Wilker Barreto critica repasse a presos: “Governo cria o bolsa-bandido”

O deputado estadual Wilker Barreto (PHS) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), na manhã desta terça-feira (19), para mostrar o total descontentamento com a liberação de crédito de R$ 500 mil da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) para os presos do regime semiaberto, egressos do sistema penitenciário do Estado. O montante visa os detentos a constituírem seus próprios negócios.

De acordo com o parlamentar, que tem levado diariamente à Casa a discussão em torno da melhoria da saúde, o governador Wilson Lima (PSC) está cumprindo com a promessa feita na campanha de 2018. Na época, o vice-governador Carlos Almeida sinalizou para que a indenização individual de R$ 50 mil fosse paga à família de cada preso assassinado na rebelião de 01 de janeiro de 2017.

“Hoje falo de um tema que não está revoltando a mim, mas a população. Fico estarrecido com os sucessivos erros de um governo que já rotulei de atabalhoado. A Afeam vai emprestar R$ 500 mil para os presidiários. Isso significa que em 50 dias de governo, Wilson Lima cumpre a primeira promessa de campanha: ‘o bolsa-bandido’. Ninguém acreditava que iria sair do papel, mas está aqui. É a primeira promessa de campanha cumprida pelo governo em 50 dias”, criticou.

Ainda na tribuna, Wilker declarou que o repasse financeiro vai facilitar o trabalho do crime organizado. “O Governo vai estar financiado o crime contra a própria sociedade. O que defendo é que as linhas de crédito da Afeam sejam reformuladas. O que sustenta uma economia é a pequena, média e microempresa. É preciso rever a linha de crédito da Afeam que só pega calote. Isso é uma afronta à sociedade amazonense”, afirmou.

Oportunidade de emprego

Crítico ao governo, o parlamentar que é economista por formação, aproveitou para dar uma sugestão ao governador Wilson Lima. “Temos que condicionar as empresas que realizam empréstimos junto à Afeam para que ofereçam um percentual de vaga em carteira assinada. Aquele que quiser trabalhar vai ter sua cota nas empresas que foram emprestar dinheiro da Afeam. O que não pode é termos uma afronta dessas contra a sociedade amazonense. Só quero que o Estado seja uma mão amiga para aquele que está preso volte ao mercado de trabalho com uma oportunidade de emprego”, pontuou.

Com informações da assessoria

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