Em menos de uma semana como governador eleito, Wilson Lima (PSC), que levantou a bandeira do novo jeito de fazer política, mostrou que deve seguir os mesmos passos que outrora criticava no governo Amazonino Mendes, trazer matéria-prima de fora para aperfeiçoar o trabalho de casa.
Lima trouxe três nomes de fora do Estado para compor a sua equipe de transição com a justificativa de chamar “pessoas qualificadas” para resolver os problemas de Manaus, entretanto, ao contrário de Mendes, acabou trazendo pessoas com currículo extenso de denúncias e histórico de corrupção.
O ex-secretário de educação do governo de São Paulo Gabriel Chalita, que atuou na pasta de 2002 a 2006, nas gestões de Geraldo Alckmin (PSDB), e Fernando Haddad (PT) pode ser dado como exemplo.
Em 2013 o Ministério Público Estadual de São Paulo abriu 11 inquéritos contra o ex-secretário por suspeita de corrupção ativa e passiva, enriquecimento ilícito e superfaturamento de contratos públicos, formação de quadrilha, peculato. As denúncias teriam sido feitas por Roberto Leandro Grobman, seu assessor, o qual ainda o acusou de receber dinheiro do Grupo SEB – antigo COC, para despesas como locação de aviões, viagens e a compra de livros de sua autoria.
Outra acusação que pesa sobre o novo componente da equipe de Wilson Lima é de que Chalita cobrava 25% de propina sobre o valor dos contratos assinados com fornecedores da Secretaria de Educação de São Paulo.
Em 2016 o nome de Chalita aparece envolvido em nova denúncia, desta vez arrolado na Lava-Jato. Michel Temer teria solicitado 1,5 milhão de reais de propina para a campanha de Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012. O ex-secretário sempre negou todas as acusações.
Outro componente importado foi Humberto Laudares, especialista em políticas públicas e desenvolvimento, ele é também Ph.D em Economia pelo Graduate Institute, em Genebra (Suíça) e já atuou com políticas públicas em governos internacionais.
O general Franklimberg Ribeiro, que faz parte da equipe de transição, foi retirado do cargo de presidente da Funai após ser acusado de “não ter capacidade administrativa nem conhecimento gerencial” segundo escrito no ofício encaminhado por mais de 170 lideranças ao atual presidente, Michel Temer (MDB).
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