Manaus,24 de novembro de 2024

Alckmin, se eleito, promete acabar com incentivos fiscais e Zona Franca vira alvo

O pré-candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou em entrevista ao programa Central das Eleições, da Globo News, que em seu governo pretende acabar com os incentivos fiscais dados às empresas do Brasil.  Segundo o tucano esta é a opção para acabar com o déficit fiscal no país em até dois anos, que deve chegar a R$ 139 bilhões em 2019.

Questionado sobre como deve ajustar isso, Alckmin explicou que pretende cortar os incentivos. “O ajuste fiscal já deveria ter sido feito. O Brasil é um mar de obras paradas e as despesas crescentes. Acho 2 anos até demais. Vamos arredondar, só de deficit primário são R$ 140 bilhões, 2% do Pib, só de incentivo fiscal é o dobro, são quase R$ 300 bilhões de reais em incentivos. Vou reduzir. Tem que passar um pente fino, analisar , porque tem incentivos que são injustificáveis”.

Quando foi questionado especificamente sobre a situação da Zona Franca de Manaus, Alckmin disse que reuniu os melhores especialistas econômicos do país para analisar a situação e apresentou um fórmula que deve ser aplicada de forma central para que o Brasil cresça,  independente de peculiares regionais. “A fórmula: uma agenda de competitividade, começando pela questão fiscal. Se passar de 80% do PIB a dívida pública bruta  começa a ter risco. Óbvio que queremos em até dois anos zerar esse deficit primário, não pretendemos aumentar imposto. Como vamos fazer o ajuste? Pelo lado da despesa, com reformas. Vamos reduzir em dois anos, isso é compromisso”,  afirmou.

A decisão do pré-candidato, do mesmo partido do prefeito de Manaus, Arthur Neto, coloca em risco a já ameaçada ZFM. A senadora Ana Amélia (PR), sua vice na chapa à presidência também já se mostrou favorável à redução de incentivos para o Amazonas.

Jornalistas

A pré-candidato foi sabatinado pelos repórteres Míriam Leitão, Valdo Cruz, Merval Pereira, Andréia Sadi, Fernando Gabeira, Gerson Camarotti, Mario Sergio Conti, Cristiana Lôbo e Roberto D’Avila.

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