O Sistema Público de Saúde (SUS) do Estado passou a oferecer tratamento inédito, no Amazonas, que utiliza radiação ultravioleta, a pacientes da Fundação Alfredo da Matta (Fuam). A modalidade de tratamento conhecida como fototerapia foi viabilizada por meio de investimento do Governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
A fototerapia é utilizada no tratamento de uma série de doenças dermatológicas, em especial, psoríase, vitiligo, linfoma cutâneo, dermatite atópica, entre outras. O serviço começou a ser oferecido na Fuam, em outubro de 2017. Até o momento, 163 pacientes estão sendo acompanhados no ambulatório de fototerapia.
O maquinário adquirido teve investimento de R$ 165 mil, sendo composto por quatro equipamentos: uma cabine com emissão de radiação ultravioleta A, uma cabine com emissão de radiação ultravioleta B e dois equipamentos portáteis para os pacientes com lesões generalizadas. A fototerapia é a primeira modalidade de tratamento, por exemplo, de psoríase aliada a medicações tópicas, sendo sucedida por medicações orais e injetáveis nos casos em que não há resposta à fase inicial.
A dermatologista Monica Santos, atual diretora de Ensino e Pesquisa da Fuam, explica que antes da aquisição dos equipamentos de fototerapia, os pacientes já eram submetidos a medicações orais e injetáveis, o que representava um elevado custo-benefício. Deve-se destacar que a psoríase possui base genética, com fatores imunológicos, mas não é contagiosa, sendo caracterizada por placas avermelhadas que descamam e podem aparecer em qualquer parte do corpo, sendo mais comuns em áreas como o joelho, o cotovelo e no dorso das mãos. A psoríase não tem cura e os tratamentos disponíveis são aplicados no controle da doença.
Segundo a diretora da Fuam, no caso dos pacientes, além dos efeitos colaterais por conta do uso dos medicamentos, eles necessitavam fazer uma série de exames laboratoriais a fim de nortear a escolha da medicação para melhor efetividade do tratamento. Em se tratando do Estado, a aplicação do método terá impacto nos recursos investidos na compra de medicamentos (orais e injetáveis) usados no tratamento dos pacientes com psoríase. O preço dos medicamentos orais mais acessíveis varia de R$ 80 a R$ 100, porém, em determinados casos, a medicação utilizada chega a custar R$ 900. As medicações injetáveis são bem mais caras, com os preços variando de R$ 5 a R$ 7 mil.
Mônica Santos fez questão de destacar a importância da parceria com a Fapeam, apontada por ela como estratégica no fomento a instituições de pesquisa e ensino, com benefícios à sociedade.
Com informações da assessoria
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