Equipe Comun
A revolução tecnológica apresentada no último dia 24 de abril no Fucapi Day, como centro educacional com aceleradora de talentos e rede de cafeteria internacional, seria uma grande fraude de acordo com a promotora do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), Kátia Oliveira.
Segundo ela, o nome do grupo de Dubai ou mesmo dos supostos empresários árabes não foram divulgados nem no contrato ou em qualquer dos documentos apresentados ao MPE. Ela revela ainda que o contrato de venda inicial era de US$ 50 milhões com uma entrada para novembro de US$ 20 milhões, que não foi feita.
Nos contratos o único nome que aparece é o da Azione Education, empresa que fez a intermediação entre os investidores árabes e a diretoria amazonense, que é gerida por Aldous Santava. Entretanto, nas buscas feitas na junta comercial, a Azione é apresentada como uma empresa pequena com capital de pouco mais de R$ 100 mil reais, isto é, sem capacidade para gerir uma empresa endividada e de grande porte.
Atualmente a instituição possui uma dívida de mais de R$ 150 milhões. “O MP já vem acompanhando os problemas financeiros da Fucapi, se fosse pagar isso, ela praticamente teria que vender todo o seu patrimônio para pagar a dívida, seus prédios e laboratórios”, afirma Kátia.
Alunos, professores e inclusive o CEO da Azione, Aldous, foram alertados pela procurado em uma reunião dias antes do evento de reinauguração da instituição, que estavam correndo um sério risco ao retornar para a instituição pois alguns estavam há sete meses sem receber salários. Mesmo com o parecer contrário e sem garantias, o conselho diretor da Fucapi assinou o contrato.
Especialista em fundações, falência e recuperação judicial , a promotora fala que não acredita ser o ideal um fechamento da instituição. Ela releva que não seria o ideal por perder uma entidade com mais de 2 mil alunos matriculados e que presta serviço educacional muito bem qualificados, mas é clara: “há indícios muito grande de uma fraude”.
O grupo Fucapi segue investigado pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público do Trabalho.
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