Manaus,22 de novembro de 2024

Mais de 1,7 mil alunos do Amazonas recebem ensino  bilíngue nas escolas pública estadual

Governo oferece, desde o início do ano, mais duas modalidades, de Língua Inglesa e Espanhola em dois Centros de Educação de Tempo Integral

O número de escolas da rede pública estadual do Amazonas que oferecem a modalidade de ensino bilíngue subiu para quatro neste ano de 2018, beneficiando mais de 1,7 mil estudantes matriculados nos ensinos Fundamental e Médio.

Além das unidades Djalma da Cunha Batista, que oferece ensino em Língua Japonesa e José Carlos Mestrinho, que disponibiliza ensino em Língua Francesa, o Governo do Amazonas, por intermédio da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc), conta, a partir deste ano, com a modalidade de Língua Inglesa no Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Gilberto Mestrinho e Língua Espanhola no Ceti Áurea Pinheiro Braga.

Nas escolas Djalma Batista e José Carlos Mestrinho, a oferta de ensino bilíngue é direcionada aos alunos de Ensino Fundamental. Na primeira, são 980 estudantes do 6º ao 9º ano que recebem o ensino diferenciado. Já na segunda unidade, são 430 alunos do 1º ao 9º ano beneficiados com o projeto.

Na nova proposta de ensino bilíngue da Seduc, cujo projeto piloto está sendo desenvolvido nos Centros de Educação de Tempo Integral Áurea Pinheiro Braga e Gilberto Mestrinho, inicialmente, apenas alunos da 1ª série do Ensino Médio terão acesso a essa modalidade. Nessas duas unidades, o total de alunos beneficiados chega a 361.

O secretário da pasta, professor Lourenço Braga, destacou a importância dessa modalidade de ensino para a educação no Amazonas. “Acredito que a qualidade na educação só tem a crescer. Isso foi uma determinação do governador Amazonino Mendes, de ampliar a oferta de ensino bilíngue para dar uma educação mais qualificada para os alunos da rede pública do Estado do Amazonas”, disse o secretário.

Ensino Médio Bilíngue tem base em lei

Bruna Freitas, técnica da Seduc responsável pela proposta bilíngue de Língua Inglesa no Ceti Gilberto Mestrinho, explica que a modalidade nas escolas é baseada na lei do novo Ensino Médio, que permite ampliar as possibilidades no currículo.

“A necessidade de nós termos as propostas bilíngues, primeiramente, são baseadas na Lei nº 13.415 do novo Ensino Médio que nos permite abrir novas possibilidades de Ensino Médio para os nossos alunos e uma das necessidades que nós detectamos na rede, por meio de formações com nossos professores, diálogos mesmo com nossos professores e alunos, é a necessidade da melhoria em relação às habilidades, às capacidades linguísticas desses alunos, pois quando eles chegam no mercado de trabalho, muitos deles acabam perdendo oportunidades grandiosas por não terem as capacidades linguísticas desenvolvidas da melhor forma”, explicou Freitas.

Além das disciplinas convencionais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estão inseridas na área de Linguagens, Ciências da Natureza, Matemática e Ciências Humanas, os alunos têm acesso à parte flexível, que inclui conversação em Língua Inglesa e Espanhola, bem como tópicos literários, aplicação, raciocínio lógico e resolução de problemas em ambas as línguas, dentre outras.

Freitas informou que, a princípio, o projeto piloto vai abranger somente alunos da 1ª série do Ensino Médio, que serão acompanhados até o término da educação básica. “Optamos por colocar somente a 1ª série do Ensino Médio devido ao fato de nós necessitarmos ter um acompanhamento pedagógico mais próximo e essa continuidade nós não encontraríamos na 2ª e 3ª séries se a gente implantasse agora. Infelizmente, nós fizemos uma escolha, a gente acaba perdendo, por um lado, porque não vai atender todos os alunos no momento, mas a qualidade desses alunos que irão sair da 1ª série para a 2ª e 3ª ao final do Ensino Médio com certeza vai mostrar um resultado positivo”, disse.

Segundo Bruna Freitas, as escolas terão todo um acompanhamento pedagógico para que, no futuro, o projeto tenha possibilidade de ser expandido a outras escolas. “Por conta das características das escolas, os projetos que nós detectamos e o perfil dos alunos e professores, por enquanto, o projeto-piloto está no Ceti Gilberto Mestrinho com Português-Inglês e na Escola Estadual de Tempo Integral Áurea Braga, com Português-Espanhol. Ao fazer o acompanhamento pedagógico dessas escolas, nós pretendemos expandir com outros idiomas para outras escolas e também ter outras escolas com inglês e espanhol com educação bilíngue”, destacou, acrescentando que a Seduc conta com o apoio da Universidade Federal do Amazonas e das embaixadas Americana e da Colômbia.

Nova estrutura em adaptação

A gestora do Ceti Gilberto Mestrinho, Benedita Braga, informou que para a escola, a proposta de ensino bilíngue é um ganho significativo.

“A gente ainda está se adaptando. A escola abraçou isso com muita propriedade. No início houve dificuldade, mas aos poucos estamos entrando nessa nova estrutura. Toda a escola está aprendendo. Todo mundo aprende junto. A língua inglesa está sendo uma disciplina inovadora”, explicou a gestora.

Braga destacou ainda que o ensino bilíngue é um diferencial e prepara o aluno para o mercado de trabalho. “A disciplina existia na proposta curricular, agora é mais abrangente e em nove disciplinas diferenciadas. Existem disciplinas diferenciadas em língua inglesa. Esse é o diferencial. O ganho é imenso. A gente trabalha em função do nosso aluno para a vida e com mais esse potencial dentro do currículo do aluno, muda toda a estrutura para o mercado de trabalho”, afirmou.

Com informações da assessoria

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