Manaus,21 de novembro de 2024

Praça do Congresso ganha Banca Biblioteca para consulta e venda de usados

Com informações da assessoria

Os frequentadores da Praça Antônio Bittencourt, mais conhecida como a Praça do Congresso, já podem contar com mais uma opção para acesso aos livros e à leitura: a Banca Biblioteca Farias de Carvalho. Instalado num quiosque climatizado, com mesas e cadeiras na parte externa, o espaço é um misto de biblioteca e sebo, oferecendo obras literárias e acadêmicas para consulta e pesquisa, além da venda de livros, vinis, CDs, DVDs e outros produtos usados.

A Banca Biblioteca Farias de Carvalho funciona de segunda a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h ao meio-dia, com acesso gratuito. O espaço é mantido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), em parceria com o Sebo Art Vinil Manaus.

Obras à disposição

O acervo da Banca Biblioteca reúne aproximadamente 850 títulos, com exemplares da literatura amazonense, mundial, infantil e infantojuvenil, distribuídos em três estantes no interior do quiosque e em duas caixas-estante do Programa Mania de Ler na área externa. O público poderá ler e consultar as obras no local, ou efetuar empréstimos mediante identificação e cadastro do usuário.

A iniciativa, segundo o secretário de Cultura, Denilson Novo, reflete a determinação do governador Amazonino Mendes de expandir o alcance das ações da secretaria e ampliar o acesso às políticas culturais.

“Além de homenagear um poeta que tem história no Amazonas, com a Banca Biblioteca damos à população a oportunidade de ler livros à vontade, tendo obras amazonenses e de outros autores à disposição, numa praça de localização estratégica no Centro de Manaus. Será também um reforço ao Programa Mania de Ler do Governo do Estado”, afirma.

Espaço para autores

Também como forma de estímulo à leitura, o quiosque no Centro dará espaço a eventos literários diversos, como lançamentos de livros, encontros de leitores e feiras de troca. Novos títulos em livros, quadrinhos e outros formatos poderão ainda ser distribuídos ou comercializados na Banca Biblioteca.

“A Banca Biblioteca busca a democratização, no sentido de ser um facilitador para novos autores em sua entrada no mercado literário, visto que a indústria editorial é muito fechada”, assinala Antônio Auzier Ramos, diretor de Literatura da SEC.

Passado e futuro

 O público poderá ainda conferir o acervo de itens de segunda mão, distribuídos em duas estantes no quiosque e numa mesa na área externa. A seleção inclui livros de literatura nacional e mundial, acadêmicos e didáticos; discos em vinil de artistas nacionais e internacionais, incluindo amazonenses, como Teixeira de Manaus, com toca-discos para audição; e CDs e DVDs diversos.

“O Vinil Art vem agregar com a cultura regional”, afirma o proprietário do sebo, Fernando Coelho, que atua há dois anos e meio de forma itinerante em feiras e outros espaços. “Teremos uma estante com discos de cantores regionais, para artistas que querem divulgar seu trabalho e não têm onde fazer isso”.

A Banca Biblioteca Farias de Carvalho será marco para novas e futuras ações, de acordo com Denilson Novo. “É um projeto que tem a perspectiva de ganhar novos ares e tendência a crescer ainda mais a partir desta iniciativa na Praça do Congresso”, conclui.

Homenagem

A Banca Biblioteca Farias de Carvalho presta tributo a nome de destaque na trajetória da literatura amazonense. “Foi um nome grande na poesia e na literatura do estado. Chegou a ser preso durante o regime militar, e participou do Clube da Madrugada como um dos fundadores. Até hoje não havia muito reconhecimento da figura dele; agora, a SEC presta sua homenagem”, destaca Antônio Auzier.

Nascido em 1930, em Manaus, Carlos Farias Ouro de Carvalho foi escritor, jornalista, deputado estadual e professor. Foi professor de Português e Literatura Brasileira do Colégio Estadual Pedro II, e também orador de grande poder encantatório, graças ao manejo das palavras e à riqueza dos argumentos. Colaborou ainda em diversos jornais locais como jornalista destacado.

Estreou na poesia com “Pássaro de cinza” (1957), ao qual se seguiu “Cartilha do bem amar com lições de bem sofrer” (1965), ambos publicados em Manaus. Atuou no campo literário também como membro fundador e depois presidente do Clube da Madrugada, a partir de 1954.

Farias de Carvalho foi ainda deputado estadual e, depois, serviu como funcionário no Senado Federal, em Brasília. Faleceu em Niterói em 25 de junho de 1997.

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