Manaus,15 de novembro de 2024

Liberação de “lives” na CMM divide opiniões

Laize Minelli

A assessora do vereador Chico Preto (PMN), Pricila de Assis, denunciou em post público em uma rede social, que foi impedida de gravar o pronunciamento do seu assessorado durante a sessão do plenário, na Câmara dos Deputados, ocorrida na manhã desta segunda-feira (27).

Segundo ela, um rapaz da equipe do vereador e presidente da CMM, Wilker Barreto veio dizer que não poderiam ser feitas filmagens no local, pois uma legislação interna cobre o direito do plenário de proibir que sejam feitas gravações ao vivo se não forem feitas pela assessoria da casa. Entretanto, outros assessores de imprensa puderam realizar suas gravações. “Chegou na minha vez pra gravar disseram que não podia e eu tive que interromper a transmissão ao vivo, e quando questionei sobre a lei o rapaz não soube informar. Só voltei a gravar minutos depois sob a tutela da vereadora Joana D’arc que também esteve lá e não viu porque impedir uma filmagem” disse.

À equipe Comun, Marília Pimenta, assessora de comunicação do vereador Wilker Barreto, afirmou que a situação não é pontual, trata-se de consenso, isto porque foi levantado pelo vereador Claudio Proença (PR), durante a manhã de segunda, o pedido de controle de “lives”.

“O que aconteceu é que essas transmissões vinham sendo feitas de forma livre até que hoje o vereador Claudio Proença, em pronunciamento, disse que deveria ser seguido o regimento da casa e que não acha correto fazer essas transmissões, pois o correto seria que fosse feito uma solicitação ao presidente da CMM e só após permissão é que poderia ser filmado” explicou.
Em nota enviada posteriormente, assessoria ainda explica que “nenhum parlamentar ou assessor teve direito cerceado durante sessão plenária na manhã desta segunda-feira (27). Esclarece, inclusive, que após Questão de Ordem solicitada pelo vereador Cláudio Proença, que utilizou o artigo 125 do Regimento Interno para questionar transmissões ao vivo realizadas no plenário, as gravações tiveram de ser suspensas para discussões dos vereadores sobre o tema”.

O vereador Chico Preto disse acreditar em um retrocesso, uma vez que as redes são populares e que como vereador entende que seu trabalho deve ser público. “O que aconteceu foi um mal- entendido. Levantou-se um questionamento sobre o regimento, depois tive a oportunidade de fazer um reajuste e acabou decidido que poderia fazer a filmagem. Eu uso muito essa tecnologia, as redes sociais, e o que penso é que isto é público, e quem está incomodado com isso deve rever sua decisão política, porque a coisa pública tem que ser transparente” finalizou.
Embora haja um regimento controlando as livres transmissões ao vivo, feitas individualmente pelas assessorias, as sessões são transmitidas pela TV Câmara.

Share

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *