Erleilson Brito
A Campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” é uma mobilização anual praticada, simultaneamente, por diversos atores da sociedade civil e poder público engajados nesse enfrentamento em mais de 160 países. As atividades iniciam de 25 de novembro e segue até 10 de dezembro.
Como parte da divulgação da campanha em Manaus o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), na pessoa da conselheira Elisabeth Maciel, esteve dia (27/11) no Programa Fala Caboco, na rádio Comunitária “A voz das Comunidades 87,9 FM” falando da importância da campanha, uma vez que os números de casos de feminicídio (homicídio doloso praticado contra a mulher por “razões da condição de sexo feminino”) vêm tendo crescimento preocupante.
De acordo com levantamento realizados pelo CMDM, em Manaus, as zonas onde mais ocorrem violência contra mulher são as norte e leste. Em 2016, a Secretária de Segurança Pública (SSP) divulgou que houve 4.636 (quatro mil seiscentos e trinta e seis) atendimentos a mulheres na rede estadual de saúde por diversos tipos de violência, como: ameaça, violência psicológica, física e sexual.
Elisabeth Maciel chama atenção para dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), integrantes do Atlas da Violência 2017, que revelam aumento, em um período de 10 anos, de 139,6% de assassinatos de mulheres (feminicídios) no Estado do Amazonas. Informando ainda que em 2016 foram registrados 21 estupros contra mulheres e o número deste ano, no período de janeiro a março foi de 9 casos.
Na terça-feira, 23, o deputado estadual José Ricardo (PT) – presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas –, em parceria com os deputados Luiz Castro (PSB) e Alessandra Campêlo (PMDB), realizou uma Sessão Especial na Casa Legislativa para tratar da importância campanha. Para José Ricardo é necessário que a sociedade seja conscientizada sobre o respeito ao ser humano independente de sexo, religião, cor, idade ou qualquer outra diferença. “Temos que ensinar desde cedo as crianças e os adolescente o valor do respeita ao próximo, tratando-os como gostaríamos de ser tratados. Não podemos aceitar nenhum ato que viole a dignidade da pessoa humana, seja a circunstância que for”, disse José Ricardo.
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