Manaus,18 de novembro de 2024

Não à violência contra as mulheres

Alessandra Campêlo*

Em quase três anos de mandato, percebi o quanto precisamos avançar na questão da proteção e no combate à violência contra as mulheres. Os índices são alarmantes no Estado, e isso se deve também porque faltam políticas públicas para o setor.

Os últimos estudos do Mapa da Violência apontam o Amazonas como um Estado hostil às mulheres. Nacionalmente, os maiores índices de homicídios de mulheres são registrados nos pequenos municípios, e não nas capitais.

Também chama atenção aumento dos homicídios de mulheres negras em 54% nos últimos 10 anos no Brasil. Ao passo que, no mesmo período, o número de homicídios de mulheres brancas caiu 10%, diz o mais recente levantamento.

As estatísticas da Segurança Pública no Estado apontam o crescimento da criminalidade em vários segmentos – a mais recente indica o espantoso número de 8 mil ocorrências de violência contra a mulher, no período de janeiro a setembro deste ano.

É preciso dar um basta nisso. Acredito que o Governo, além de fazer investimentos pesados para melhorar a Educação da nossa população, deve modernizar estrutura oferecida aos trabalhadores da Segurança Pública, especialmente aos policiais civis e militares. Precisamos de mais delegacias da Mulher, viaturas e servidores capacitados. Nesse sentido, a realização de concursos públicos é fundamental, desde que sejam destinados recursos para a nomeação desses servidores.

Em outro sentido, os deputados devem cobrar do Poder Público a aplicação efetiva da Lei da Maria da Penha, além legislar a favor das mulheres e direcionar emendas para ampliar a rede de proteção e combate à violência contra as mulheres.


*Deputada Estadual (PMDB-AM) e Presidente da Comissão da Mulher da ALEAM

 

Obs: O artigo assinado é de inteira responsabilidade do seu autor, não refletindo necessariamente o ponto de vista do Comun.

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